Poucos livros me fascinam tanto como este.
Certo dia ocioso, quando eu tinha por volta dos dez anos, estive mexendo no guarda-roupa dos meus pais. Na segunda gaveta, minha mãe guardava várias fotos antigas e outros pertences. Em dias como esse, eu sempre ia lá bisbilhotar e rever várias vezes as fotos. Foi assim que encontrei no fundo da gaveta o livro O Pequeno Príncipe.
A primeira leitura a gente nunca esquece.
Há uns 15 dias eu tirei ele no sorteio do meu The Book Jar e, pela terceira vez, li esse maravilhoso livro. Como estava me dedicando a outras coisas, não o li assim que o sorteei, mas guardei a leitura para o retiro de carnaval. Finalizei em um dia.
“só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos.” P. 70
O Pequeno Príncipe é uma obra tão atemporal quanto a Bíblia. Chama atenção como um livro, considerado infantil, tem o poder de ser tão filosófico e poético. E fico mais bestificado ao notar que em cada leitura dele, tive impressões diferentes. A segunda leitura foi há mais ou menos cinco anos, de lá pra cá, já tive novas visões do enredo.
O livro conta a história do encontro de um piloto – que quando criança desiludiu-se com a pintura, pois os adultos não conseguiram compreender seu primeiro desenho – e um jovem príncipe viajante.
Em um dos voos do piloto, ocorre uma pane no seu avião e ele faz um pouso de emergência no Deserto do Saara. Enquanto faz o conserto, o piloto adormece e é acordado pelo garotinho dos “cabelos de ouro”, descobrindo em seguida, tratar-se de um viajante proveniente do asteroide B612, no qual lá ele tem a companhia de uma rosa falante e três vulcões (sendo um extinto).
“Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.” P. 72
Nosso príncipe leva o piloto a boas reflexões a respeito da vida e sobre o comportamento dos homens. A cada frase lida nos diálogos, fica-se a impressão de ter sido melhor do que a anterior. Tão verdade esse fato, que se você fizer uma pesquisa na internet, encontrará inúmeras citações extraídas do livro. É realmente fascinante.
“— Não estavam contentes onde estavam?
— Nunca estamos contentes onde estamos — disse o manobreiro.” P.73
A resenha veio bem a calhar este ano, porquanto em 8 de outubro, ocorrerá a estreia de mais uma adaptação do livro. Uma animação da Paramount com vozes já confirmadas de James Franco, Rachel McAdams e Marion Cotillard. O filme realmente promete. Em seguida, veja o trailer e sinta um gostinho de ansiedade para outubro chegar logo!
Informações do livro
Autor:
Número de páginas: 93
Editora: Agir
Nota no Skoob: 4.5
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